terça-feira, 6 de julho de 2010

quase em cena

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o olhar malandro...
disfarçava objetivos ardilosos.
delicado afetuoso descarado...
teatralizava em gestos gentis
o desejo obscuro.
descortinado o momento certo...
olhos irados de fel e fogo...
revelaram alma de sentimentos hostis.
como escorpião ferido...
com presa acuada sem resistência...
armou bote rebuscado.
aos gritos ofegantes injuriou deus e terra...
cuspiu seu rancor do mundo.
era o último ato!
espreguiçando sonolento...
levantou-se apressadamente.
apenas um cochilo!


taniamariza